quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mil anos, e mais mil...

Eu poderia derramar mais um milhão de lágrimas, um milhão de suspiros,
Um milhão de nomes mas só uma verdade para encarar
Um milhão de estradas, um milhão de medos
Um milhão de sóis, dez milhões de anos de incerteza
Eu poderia dizer um milhão de mentiras
Um milhão de direitos, um milhão de erros nesse movimento do tempo
Mas se houvesse uma única verdade, uma única luz
Um único pensamento, um toque único de graça
Então seguindo esse único ponto, essa única chama

Eu posso ser incontável, posso ser inocente
Posso ser muitas coisas, posso ser ignorante
Ou poderia cavalgar com reis e conquistar muitas terras
Ou ganhar esse mundo com cartas e o deixar escapar das minhas mãos
Eu poderia ser bucha de canhão, destruída mil vezes
Renascida como criança afortunada para julgar os crimes alheios
Ou usar esse disfarce de peregrina, ou ser uma ladra comum
Mantenho essa única fé, eu não tenho senão uma crença

Mil vezes esses mistérios se desdobram
Como galáxias na minha cabeça...
De novo e de novo esses mistérios se desvendam
Eternidades ainda não ditas...

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